Curiosidades, Contos e Causos

 

Em Portugal com Marco Aurélio

 

fátima

A história de um sonho...

Tudo começou quando eu ainda tinha cinco ou seis anos de idade ouvindo as histórias que minha avó paterna , em sua cadeira de palha, fazendo crochê, contava aos netos quando de sua vida em Portugal. Mas antes deixem-me contar que eu nasci na cidade de Boituva, interior do Estado de São Paulo, no Brasil. O ano era 1969 e o dia 2 de fevereiro. Não tenho muitos detalhes de minha genealogia, mas do que sei.Embora tenha nascido durate o regime militar, a chamada ditadura, como criança não senti a falta de liberdade, talvez também por viver no interior , em um sítio ( área rural). Sei que meus pais não tinham dinheiro, mas o lugar onde morávamos dava-nos o necessário para subexistir. Como criança eu tinha alguns desejos de consumo, um deles era bala de leite kids, outro era leite condensado moça e ainda comer maçã. Os dois primeiros desejos eu os relizava até que com certa frequencia, mas as maçãs eram muito caras, pois eram imp

ortadas da Argentina. Uma maçã era dividida entre quatro ou cinco irmãos, talvez uma vez no ano.Voltando agora às histórias que minha avó contava, uma delas é que haviam morado em uma vila em Portugal e lá, nas ruas, havia macieiras e quem quisesse comer maçãs, podia colhê-las e comê-las fresquinhas, direto do “pé”. Meus amigos, imaginem vocês, na cabeça de uma criança de cinco, seis anos, que podia comer 1/5 de maçã por ano, ouvir uma história dessas. Era imaginar a existência de um paraíso e esse paraíso era Portugal. Ouvíamos suas cantigas de roda e outras cantigas do folclore de Portugal, que por mais que me esforce, não recordaria os nomes. Minha avó ainda nos contava uma outra história a respeito de uma capela, feita por seu pai, meu bisavô Manoel da Costa Rosa. Com seis anos, disse a ela que um dia eu iria a Portugal...

A Capela de Nossa Senhora das Vitórias , em Boituva...

Pelo que sei, contado pela minha avó e também pelos meus tios avós, e ainda por meu pai, no sítio vizinho ao que moramos, foi lugar onde meu bisavo viveu parte de sua vida, logo  depois de ter vindo de Portugal ao Brasil em definitivo. Nesse sítio há uma capela construída por volta de 1930. Segundo o que sei, uma réplica de uma existente na cidade onde ele havia vivido em Portugal, que segundo meus tios e pais me contavam também teria sido construída por meu bisavô. Sei também que quando meu bisavô veio a falecer por volta de 1953, esse sítio foi vendido pelos filhos edeixou de pertencer à família. Morou nesse sítio uma mulher chamada Branca, e era conhecida como “ Gaúcha” , não sei dizer se realmente assim o era,ou pela forma de se vestir e andar a cavalo. Por razões desconhecidas ela veio a se suicidar na casa desse sítio. Outro morador que habitou aí se chamava “Vitório”. Eu ainda me lembro, que quando criança brincava nesse sítio, e sabia da construção daquela capela por meu bisavô, mas achava aquilo natural. Lembro-me que havia na capela um altar todo trabalhado em madeira, além de uma imagem de Nossa Senhora das Vitórias de cerca de um metro de altura, que meu bisavô teria trazido de Portugal.

""Sobre esta noticia em maio de 2015 fomos procurados , eu Marco Aurélio, por um cidadão de nome Waldemar Pelegrino de Carvalho filho de Antonio Pelegrino Robles e Ambrozina Baptista de Carvalho Robles, o progenitor de Ambrozina chamava-se João Baptista de Carvalho e foi casado duas vezes, com a primeira esposa teve três filhos e com a segunda, mais ou menos oito filhos entre estes estava a mãe da falecida Branca. Repito, quando estive no sitio Nsa Sra das Vitoria, este era o nome do Sitio, La morava uma prima minha de nome Branca juntamente com sua irmã chamada Valdomira separada do primeiro marido, vivia com o Vitorio, na época tinham um ou dois filhos e a Valdomira morava em uma casa cercada de muros, e próximo a capela existia outra casa onde morava a Branca, esta minha prima vivia ou melhor dizendo tinha uma caso desde sua infância com um senhor que criava cavalos e praticava hipismo, este senhor morava em Tatui, Este fato eu me recordo porque quando a visitava, em uma época estavam construindo a ponte de concreto sobre o rio Sorocaba, e pesquisando parece-me que esta onte foi construída em 1956, depois, em uma das visitas, só estava morando na Casa o Vitorio e a Valdomira e me disseram, “Branca havia ido a cidade de Boituva e lá havia comprado banana e misturou com veneno e havia falecido”, então ela não faleceu no Sitio e sim na cidade, pois pelo que sei, ela faleceu quando caminhava pelas ruas da cidade.

Alem de sua irmã Valdomira, ela também tinha uma irmã que era freira, depois foi promovida a madre superiora de nome Irmã Albertina, e uma vez em que eu a visita esta sua irmã freira estava no sitio e eu limpei a Capela e de la removi um vespeiro e coloquei corda nova no sino e foi rezada uma missa, Nesta época nesse sitio na baixada existia uma lagoa onde se criva peixe para o consumo e no calor eles ficavam com as costa sobre a superficie, um caso que não me esqueço quando me recordo, este fato é marcante, e além dos cavalos que eram criados nesse sitio ainda existia um pequeno pomar de laranjas que eram vendidos ainda no PE quando estavam crescendo, pois, assim me haviam dito, Na terra ao lado era de um pessoal que quando troquei a corda do sino e estava batendo eles vieram para saber o que estava acontecendo, eram os vizinhos desse sitio, não me recordo o nome mas era um vizinho do lado da estrada que vai para Tatuí. Se ainda estiverem por ai eles conheceram o Vitorio a Valdomira e seus filhos. Pela última noticia que obtive é que os filhos de Valdomira estavam trabalhando em Tatuí ""

Colaboração Sr Waldemar Pelegrino de Carvalho. Brasília-DF através de contato por e-mail

 

 

Lembro-me com mais clareza quando no final da década de setenta, começo da década de oitenta, veio morar nesse sítio um casal um tanto quanto diferente. Ele era espanhol, ela provelmente brasileira, pois

pouco conversava. Ela era viúva e sempre usava roupas pretas. Nunca ninguém a viu vestida com outra cor. Eles eram criadores de porcos. Hoje, mais adulto e vivido, recordando de como eram, vem-me um certo arrepio, pois tinham uma imagem estranha. Sei que faziam parte de uma denominação cristã radical que tinham o costume de quebrar ou queimar imagens de santos cristãos católicos. Aí começa um triste fato. A capelinha foi destruída por dentro. A imagem desapareceu. O sino foi roubado. A capela foi transformada em chiqueiro para porcos. Nós da família tentamos recuperar às escondidas alguma lembrança, mas em vão. Aquilo deixou minha avó muito triste, pois ali estava parte de sua vida. O sítio foi vendido novamente a um senhor que trabalhava com compra e venda de cereais. Vivia negociando. Quanto ao cuidado com a capela, não mudou tanto, de chiqueiro de porcos a paiol. Melhorou um pouco, mas não era esse o objetivo de uma capela. Lembro-me que esse senhor teve um prejuízo muito grande em um négócio e precisou vender o sítio para pagar as dívidas. Foi como se eu ouvisse Jesus dizendo: “as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. E não prevaleceram. Em meados dos anos noventa, em maio de 1995 para ser mais exato, o senhor Hermínio Caldana e seu filho Ademir, compraram o sítio. Po

r serem devotos de Nossa Senhora, a primeira coisa que fizeram foi recompor a capela. Já em Junho do mesmo ano a antiga capelinha que os antigos moradores haviam deixado cair, agora estava em pé novamente. Meu irmão mais velho, o Moisés iniciou a oração do terço e aos poucos a capelinha foi ganhando vida. Para nós da família, uma honra e um orgulho muito grande. Nos dias de hoje há a Celebração da Palavra com a Eucaristia sempre no terceiro domingo de cada mês. No mês de outubro é celebrada a Santa Missa e é feita uma festa de confraternização onde cada participante leva um prato e é feito uma partilha comunitária. Inclusive eu, na condição de Ministro Extraordinário da Palavra, sou um dos que celebram com a comunidade.

Levantamento de informações: será que há em Portugal a Capela igual a esta?

Com esses fatos, há uns dez anos mais ou menos, renasceu em mim o antigo des

ejo de conhecer Portugal, mais especificamente a cidade onde meu bisavô teria vivido com a família, de comer maçã direto da macieira e de, principalmente, encontrar a Capela de Nossa Senhora das Vitórias e descobrir se realmente ele a teria construído, ou teria feito parte de uma comissão admistrativa, enfim , para saber, somente partindo para o campo da pesquisa.

Iniciei o processo interrogando meu pai e meus tios (irmãos de meu pai). Na verdade eles sabiam praticamente o mesmo que eu. Havia ainda uma outra história de que quando meu bisavô veio para o Brasil, ele teria vendido uma quinta de vinho e parte desse dinheiro foi deixado em um Banco , em Portugal. Foi a tia Lourdes e o tio Moisés, irmãos de meu pai que me deram algumas outras informações e com eles consegui uma carta escrita por meu bisavô em 1928, quando de sua saída da terra lusitana. Com a carta, pude identificar, além da data, o lugar: Lixa Borba de Godim. A carta continha informações a respeito de uma herança, de uma riqueza deixada em Portugal, no Banco Comercial do Porto. Sabe-se apenas que esse Banco não existe mais. O que chamou-me a atenção nessa carta, além da informação que eu precisava,

foi uma frase de meu bisavô que diz assim : “quando qualquer dos meus filhos assignados acima vierem procurar, hão de encontrar como tal, porque tenho fé em Deus, que os homens de Portugal nãose acabaram todos”. Guardem bem: “os homens de Portugal não se acabaram todos” e também “ uma herança, uma riqueza”.

Fiz uma pesquisa através da internet e encontrei um site denominado Lixanet, consegui um contato com uma pessoa chamada Oscar. Trocamos alguns e-mails e fiquei esperando a resposta para essa pergunta: A capela de NS das Vitórias existe? Quem e quando a fez? Mas infelizmente não fizemos mais contato, naquele momento não soube porque.(hoje eu sei)

Não desisti da busca e descobri mais informações e aí veio a primeira resposta. Encontrei um site com informações da Cidade da Lixa, com seus dados geográficos e políticos. Lá encontrei uma foto de uma capela, a Capela de Nossa Senhora das Vitórias, e ainda mais, que a principal Festa da Lixa é a Festa de Nossa Senhora das Vitórias. Porém, mesmo com a alegria da descoberta, eu ainda precisava da principal resposta para essa pergunta: quem a fez? Para obter essa resposta, só havia um meio: ir a Portugal.

Preparativos

Iniciei um segundo processo. Levantamento de valores para a viagem,pois dentro dos meus padrões de vida era (e ainda é) necessário um planejamento muito bem feito. Uma viagem a Portugal é o que nos chamamos de “cara”. Porém para esse feito o sacrifício se fazia necessário. Graças a Deus tenho uma esposa compreensiva que me “liberou” para a viagem. Comecei a fazer os acertos. Entretanto, eu ainda precisava de um contato em Portugal. Pensei no consulado ou embaixada, mas achei político demais. Tentei mais uma vez em pesquisa na internet, e lá encontrei um blog e site “ Rancho Folclórico Macieira da Lixa”. Na página de contatos, deixei uma mensagem sobre a minha busca. Creio que aí, já saiu do meu controle, e a mãezinha Maria assumiu o compromisso de me orientar, isso foi no começo deste ano de 2009. Recebi a resposta, um “tal” de António Bessa Carvalho, interessou-se pela minha história. Passamos a trocar alguns e-mails e le foi me parecendo familiar, embora com um certo receio ( e hoje sei que a princípio ele sentiu o mesmo), mas aos poucos sentimo-nos confiáveis.

Começaram a vir algumas respostas. A capela existe. Seu bisavô ajudou a reconstruir

. Há uma afilhada da irmã do seu bisavô que dança no Rancho Folclórico Macieira da Lixa. Há uma matéria em uma revista que fala da Festa das Vitórias e cita seu bisavô. Há uma rua com o nome Costa Rosa, etc...

Começavam, algumas peças a se encaixar, mas para a montagem completa, a viagem era realmente necessária. Fiz os preparativos ia viajar dia 4 de junho de 2009...

Mudança nos planos

Já estava ansioso por viajar. Passagem comprada. Hotel reservado no Porto. Já havia comunicado meu amigo António Bessa. E naquela semana que antecedia a viagem estava tudo correndo dentro do planejado. Passaporte em mãos. Vouchers de reservas. Tudo em ordem. Até que no dia 1 de Junho a triste notícia. Uma fatalidade. Um AirBus 330-200, havia desaparecido e não tardou para a confirmação de que a aeronave havia caído no mar. A rota de viagem que eu faria era a mesma, o avião do mesmo modelo, embora o voo fosse pela TAP, as similaridades eram muitas. A televisão descarrega

ndo uma série de informações especulativas e desencontradas. Aproveitando-se às vezes em demasia da tragédia para garantir ibope; tudo isso começou a gerar em mim um sensaçãomuito ruim, que jamais havia sentido e tal maneira forte, a ponto de eu adiar a viagem. Acabei frustrando o meu amigo, que tentou ainda me motivar dizendo que aviões não caem todos os dias, mas eu não estava piscológicamente pronto. Adiei...

Remarcando a viagem

Adiei minha viagem para o dia 3 de setembro de 2009. Ficaria na cidade do Porto, que não é tão longe da Lixa. Tudo certo novamente. Contatei meu amigo em Portugal, dei-lhe as informações de minha hospedagem e chegada prevista. O tempo passou rápido. O dia da viagem chegou. Fiz um pedido a Mãe de Jesus, a Senhora de todas as Vitórias, que me acompanhasse e que me desse tran

quilidade durante a viagem. Confiei firmemente em Deus, na expectativa de meus propósitos. Dia 3 de setembro, embarquei no voo 193 da TAP, às 18:30 em Guarulhos, São Paulo. Dez horas de voo, que custaram um pouco a passar, mas superadas graças à confiança depositada em Deus. E no dia 4 de setembro, às 9 horas da manhã, eu já estava em terra Lusa. Feitas as inspeções aeroportuárias, visto no passaporte, estava, enfim, liberado a caminhar por Portugal. Quando eu estava no Metro, seguindo ao centro da cidade do Porto, minha mente , ao contemplar a paisagem, pensava em mil coisas ao mesmo tempo, mas principalmente em dizer: meu bisavô querido, estou a chegar!

No Porto

Logo que pude me alojar no Hotel, tomei um banho e descansei um pouco, em seguida saí para fazer um “reconhecimento de terrtório”. Fui até a Ribeira e fiz um passeio de barco, mas a cabeça já estava na Lixa...

Retornando ao hotel, havia um recado: o senhor António Bessa havia ligado. Tentei contato, mas não consegui. Fui dormir... E quem diz que eu conseguia??? Com muito custo, acabei adormecendo, mas seis horas da manhã já estava acordado. Organize-me, tomei meu desjejum, e busquei informações para tomar o autocarro para a Lixa. Porém, antes, tentei contato com meu anfitrião e desta vez conseguimos falar. Pediu-me para esperar que me apanharia no hotel.

Na Lixa

Bendita e santa seja essa terra,

Que do seu ventre gerou a videira,

Que nutriu meus antepassados,

E pude contemplar: a verdade é verdadeira! (Marco Aurélio)

Sei que no primeiro momento o meu anfitrião assustou-se um pouco com a altura do seu convidado, mas sustos à parte, nos pusemos à caminho da Lixa. Pela autoestrada, ia-me situando geograficamente, passamos por Felgueiras, e chegamos à Cidade da Lixa. O primeiro lugar que meu amigo levou-me foi à Capela de Nossa Senhora das Vitórias.

Ela existe. Ela está lá. Pus-me em contemplação. Chorei, chorei como uma criança que reliza o mais doce sonho. Lembrei-me imediatamente de minha infância, de minha avó, de meu pai. Chorei sem vergonha das lágrimas diante da existência verdadeira de tudo que me legaram como herança: o caráter , a verdade , honestidade e um passado de realização. Mas não ficou por aí. A Capela tem muito mais história do que se possa imaginar, e assim como a que temos no Brasil, houve quem não cuidasse dela, e foi meu bisavô que em 1927 a fez nova. Inscrições onde se localizava a antiga Capelinha, com a letra de meu

bisavô, trouxe-me um sentimento de compromisso, de necessidade de cuidar, não só de uma Capela, que é uma construção, mas de toda uma tradição, de valores esquecidos e perdidos, desprezados às vezes por um mundo secularizado e imediatista.

 

Algumas das inscriçoes dizem assim:

“era aqui a antiga e pobre capelinha que vossos paes deixaram cai, e desaparecer por completo, mau foi. Desculpe”

“criancinhas e gente zelai melhor que vossos paes , sereis felizes”

 

“Deus vê tudo”

“vosso passado é a maior riqueza” – Manoel da Costa Roza – 4 de setembro de 1927.

 

Eu cheguei em Portugal no dia 4 de setembro de 2009. Oitenta e dois anos exatamente.

Pela Lixa

Tendo emocionado-me , ainda conheci a Rosa Helena, do Jornal da Lixa, que também se interessou pela minha história, que se entrelaça com a Lixa. Dei-lhe os detalhes possíveis. Ela forneceu-me dados que não conhecia e da importância da Capela das Vitórias para os lixenses, pois era da época da guerra civil portuguesa, entre 1931-34, e originária da vitória dos pedristas sobre os miguelistas, batalha essa travada na Lixa. Senti-me um lixense também!

Conheci a Rua Costa Rosa, a sede do Rancho Folclórico Macieira da Lixa, a casa onde morou minha tia bisavó, irmã de MCR, conheci a afilhada de minha tia, que ainda conserva sua antiga máquina de costura. Assisti e me emocionei mais uma vez com a apresentação do Festival Folclórico das Lavradeiras da Lixa e Ranchos convidados. Assisti ao desfile. No domingo participei do terço e da procissão. Entre os lixenses, e eles nem sabiam quem eu era.Comi bacalhoada, rosquilhos e o tal vinho verde da Lixa! Isso tudo foi muito bom!

 

Precisei também, como devoção e ato de fé, orar pelas vítimas do voo 447, pois se não tivesse ocorrido esse fato triste e lastimável, eu teria viajado em junho e não teria visto de perto a Festa das Vitórias. A essas almas, que Deus as tenha.

Conclusão

Lembram-se que meu bisavô escreveu ; “creio e tenho fé em Deus que os homens de Portugal não se acabaram todos”?

Pois é, vim em busca da maior riqueza que , no meu conceito cristão, um homem pode ter e desejar. Sua origem e tradição. Sua história. Essa herança eu encontrei na Lixa. Intacta e bem cuidada. E aproveito para, como meu bisavô pediu, pedir também: Povo da Lixa, cuidai bem do vosso passado, ele é a vossa maior riqueza!

Acontece que para isso, só seria possível encontrar e realizar, se os homens de Portugal não tivessem acabado todos. Posso firmar e afirmar que ainda há em Portugal homens de valores e família, que lutam pelas origens, pelo folclore e pela história. Homens que zelam pela verdadeira riqueza. Um desses homens foi António Bessa de Carvalho, presidente do Rancho Folclórico Macieira da Lixa, meu anfitrião e guia, nesses dias de sonho que vivi em Portugal. Pessoa que agraciou-me com uma medalha comemorativa aos 25 anos do Rancho Folclórico Macieira da Lixa.Peço a Nossa Senhora das Vitórias, que Ela guia a família desse meu amigo, sempre, e que dê a cada lixense a certeza da vitória definitiva quando formos prestar constas a Deus de nossos atos!E foi, na Lixa, no pomar da casa desse amigo de Portugal, que eu colhi uma maça madura da macieira e realizei o sonho de mais de 35 anos...

marco

Salve a Lixe!

Salve Maria!

Marco Aurélio Assunção Martins , Lixa Borba de Godim , 3 a 9 de setembro 2009

Lixa e Seu Passado

 

Lixa e o seu passado

 

 

Não se conhece bem a origem da palavra “Lixa”. Maurício Antonino Fernandes, refutando os que anotam, defende que a palavra derivará, por corrupção, de “Lisa”, e muito concretamente de “Serra Lisa”, como seria chamado antigamente o terreno elevado, mas plano, que principiava na Cerdeira das Ervas e acabava no Alto da Lixa. Nesta linha condutora, o termo Lixa significa fonte, nascente, e até estância termal. Recorrendo ao filósofo francês Junet, ao estudar o vocábulo “Luxeil” no seu “Dictionnaire Étymologique Latin”, o mais conceituado historiador das coisas de Felgueiras, sustenta que Lixa é proveniente de “Luxae” ou “Luxovium”, “termos celtas que não só significam fonte, nascente, mas ainda divindade ligada ao culto das águas e das estâncias termais”.

As primeiras, e modestas edificações da Lixa, surgiram na forma ou consequência de uma pequena rua, Rua Velha ou Rua da Lixa, próximas da Capela de Santo António. Tais edificações foram-se progressivamente alargando mais para sul, prolongando-se para além do minúsculo largo da Cruz, actual Largo 1 de Abril, nome que lhe advinha do facto de aí se cruzarem a Rua Velha, com o seu Casario, e a estrada vinda da nascente das terras de Basto. Esta última subia ao Ladário até à estrada vinda do Litoral e Poente e terras de Penafiel, ligando-se a poucas centenas de metros do S. Gens à estrada que ligava o Minho a Trás-os-Montes — via essa já referida anteriormente. Já nas últimas décadas do séc. XIX, com a construção da estrada real da Lixa à Ponte de Lima e consequente cruzamento no Alto da Lixa, a Lixa passou a ser o fulcro central rodoviário de todas as vilas e cidades dessas províncias administrativas.

Depois da Rua Nova (ou Nova Rua) e a seguir ao Poeiro, fizeram-se as edificações da Cruz (Largo) e ao longo de toda a ala nascente da estrada até ao Ladário, sendo, actualmente, poucas as casas ainda existentes.

 

Entretanto, e para Poente dessa mesma via, estendiam-se os montes com pronunciada ladeira de abaixamento até à igreja de Vila Cova da Lixa. Templo dedicado ao divino salvador, a actual igreja paroquial de Vila Cova da Lixa não é aquela que primeiro foi construída na freguesia. O templo que hoje existe, e que aproveitou do primitivo a Capela-Mor e a porta lateral de entrada, data do séc. XVIII, precisamente do ano de 1718. Antes desta igreja existiu uma outra que terá sido construída no ano de 1200 (aproximadamente), já que, como está escrito, essa primitiva igreja foi sagrada em 1238.

Também do lado poente, foram construídas muitas casas, algumas das quais remontam ao séc. XVIII e XIX.

 

Nos montes que ladeavam a estrada fizeram-se as primeiras feiras da Lixa — feiras essas criadas pela Junta Geral Distrito, em Março de 1871, chegando o Campo da Feira a apelidar-se de “Barão da Vitória”, numa homenagem ao General Torres, liberalista que muito se notabilizou quer no cerco do Porto, quer ao comando das tropas de D. Pedro que venceram a batalha travada na Lixa a 2 de Abril de 1834. Entretanto, nos primeiros tempos, as feiras realizaram-se no largo da Cruz e mesmo dentro dos muros da Casa do Terreiro, cujo proprietário as autorizava. Devido à importância das feiras, e à consequente atracção que elas constituíam os montes foram-se povoando, salpicando-se aqui e além com novas casas que, já nesse tempo, vistas de longe, davam à urbe “uma majestosa visão de casinhas, em linha horizontal, a confundir-se no alto com o céu azul, e esbranquiçado.”

 

A estrada real que atravessou os montes da feira deu, por isso, origem a um importante surto de desenvolvimento da povoação da Lixa, dela saindo a sua primeira urbanização.

Nem todos, mas certamente que alguns dos feirantes desses tempos (mas também muitos de décadas menos recuadas) não deixavam, nas suas vindas à Lixa, de provar os “biscoitos da Brígida”, de se deliciarem com cabrito e arroz do forno servido em travessas e em alguidares de barro, ou com as “tripas à moda do Porto”, iguarias que constavam dos cardápios de “Casas de pasto” tão conhecidas como foram as do “Barria” e do “Ferrador”, o “Antoninho do Rosso” ou da “Cobra”, do Idílio Lima ou do “Cantinho da Alegria”...

 

 

 

O decreto da elevação da população da Lixa, à categoria de Vila foi aprovado na reunião do Concelho de Ministros realizada no dia 8 de Março de 1833.

 

 

O Dr. António Cerqueira Magro, nascido a dois passos de Borba de Godim, adquiriu, por volta do ano de 1900, a mata de Seixoso e, aí construiu um sanatório. Porém, em 1904, parte desse grandioso edifício foi devorado por um violento incêndio. Todavia, Dr. Cerqueira Magro reconstruiu o prédio mas com outro fim: estância de repouso.

Dado a grande afluência de visitantes e porque os meios de transporte eram raros, o Dr. Cerqueira Magro, com a colaboração do Dr. Eduardo de Freitas e outro “ricaços” de Penafiel, Felgueiras e Lousada, e, ainda com a ajuda da Casa de Câmbio Coimbra e Irmão, do Porto, ligaram Penafiel à Lixa pelo caminho-de-ferro passando por Lousada, Unhão, Longra e Felgueiras. Mas esse privilégio durou apenas 8 ou 9 anos, pois, em 1922 ou 1923, a Joaninha — como então chamavam ao comboio de Penafiel à Lixa — deixou de transitar.

Mas, felizmente, os automóveis começaram a aparecer mais amiúde, nas estradas portuguesas. O Seixoso começou a ser mais frequentado, mas só até 1940, altura em que fechou, como estância de repouso.

Hoje esse magnífico edifício, rodeado de grandes eucaliptos e pinheiros é ocupado pelos seus proprietários, os netos do Dr. A. Cerqueira Magro, D. Maria Elisa F. C. Magro e seu irmão, o Prof. Dr. Cerqueira Magro.

É, ainda, importante referir a belíssima água, quase medicinal, que brota da Fonte de Juvêncio. Esta água já foi comercializada, como qualquer outra água medicinal. E também as Reminiscências de uma batalha travada aqui, por D. Miguel e D. Pedro.

Entre as terras que deixaram o seu nome ligado às lutas praticadas entre liberais e realistas, encontra-se a Vila da Lixa. É que foi aqui, num espaço compreendido entre a Capela (hoje) de Nossa Senhora das Vitórias e a (demolida em Abril 1970) Capela da Franqueira que a 2 de Abril de 1834 se travou um combate entre os exércitos do rei D. Miguel e do (ex) rei D. Pedro IV.

 

Como tudo aconteceu

 

“Foi em 2 de Abril de 1834 entre as tropas do brigadeiro José Cardoso, com gente que trouxe de Oliveira de Azeméis, reunindo-se-lhes outros contingentes que estavam em Baltar e o resto da força desbaratada há pouco em Santo Tirso e os liberais, que partiram de Guimarães, comandados pelo Barão do Pico do Celeiro. O General esperou estes no Ladário da Lixa, de onde a vista se dilata até aos montes da Penha e Paçô, que ficam a sul da cidade.”

 

 

Após a batalha, o culto a Senhora da Vitória

 

A batalha travada na Lixa fez naturalmente muitos mortos. Parte deles foram sepultados na Igreja de Borba de Godim — os de D. Miguel dentro da Igreja, os de D. Pedro cá fora. É que as preferências do clero, assim como as de muitos habitantes na Lixa, elementos da Nobreza ou do Povo, iam para o senhor D. Miguel — que receberam uma autêntica humilhação...

Os liberais da Lixa (que eram poucos), a partir daí começaram a chamar a uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, venerada numa Capelinha que existiu ao lado da actual da Senhora das Vitórias. Promovem, actualmente, à Senhora das Vitórias festas que se conhecem em cada Setembro. Anteriormente à realização de tais festas já se efectuava na Lixa, na primeira segunda-feira do nono mês do ano, a Feira das Uvas.

 

https://www.youtube.com/watch?v=wOHIBDrgh5E

https://www.youtube.com/watch?v=fXC04CogSps

 

Sorriso

Hoje, e só por hoje, eu te darei um sorriso

Aproveita-te dele, pois por hora será gratuito

Talvez até penses que sou maldoso e impreciso

E não o queiras, por não saber o intuito

 

Mas te aconselho, com carinho e ternura

Deleita-te deste sorriso, pois ele é doado

E não creias que de minha parte é frescura

É uma forma de esperar um resultado

 

Pode parecer-te, ainda, que sou rabugento

E só um sorriso não te represente nada

E porventura, talvez penses que te afugento

Com minha estreita manifestação errada

 

Hoje, e só por hoje, te darei um sorriso,

Pois dar de graça, não é verdadeiro sentimento

E o terá, muitas vezes e isso é preciso

Se me deres, ao meu, o teu sorriso como pagamento!

 Marco Aurélio

 

Reza da avó 

 

No quartinho escuro do fundo,

 

No  lugar que sobrou-lhe no mundo,

 

A avó prepara sua reza.

 

Seu terço falta contas,

 

Mas alguém conta

 

Que a avó não sabe mais contar!

 

Incandesce um fósforo,

 

Segura pela rabela  uma vela,

 

E na mesinha ao lado da cama,

 

Junto a imagem de Nossa Senhora Aparecida,

 

Deposita a vela acendida!

 

Tenta em vão se ajoelhar

 

O esqueleto obsoleto

 

Não consegue mais dobrar!

 

Ave Maria ...clama em tom fraco,

 

Roga por nós pecadores

 

E no meio do seu clamor,

 

No peito sente uma dor,

 

Suspira bem fundo

 

E no seu canto no mundo

 

Cai sem vida.

 

Atendida a prece,

 

Nossa Senhora lhe aquece

 

Num canto maior que o mundo

 

Ao lado do dono do mundo

 

Coberta por um véu

 

O mais puro e mais santo

 

Seu canto agora é no céu!

 

 

 

Marco Aurélio

 

 

 

Calos

Estávamos um pouco com pressa naquele dia. Eu havia ficado até um pouco mais tarde no trabalho e cheguei em casa quase na hora da reunião.

Entrei para tomar banho e já ouvi a voz da minha esposa na porta do banheiro pedindo para eu correr no banho, pois o meu pai, para variar, já estava desesperado com medo de perder a reunião. De dentro do banheiro respondi à minha esposa que seria breve no banho, só não ia correr, pois ``corria`` o risco de não me molhar... do lado de fora ela, já um pouco irritada com minha resposta, disse apenas ``você me entendeu muito bem!``. Na verdade entendi, mas não pude perder a oportunidade...

A reunião estava marcada para às 19:30 horas na Igreja Matriz, uma reunião que normalmente não agregava valor algum às comunidades de bairros rurais, como era a nossa, porém uma vez por mês era necessário que fôssemos. Eu como Coordenador de Conselho Pastoral e meu pai como Presidente de Assuntos Econômicos.

Saímos de casa já eram 19 horas, mas daria tempo...

Fomos.

Chegamos à Igreja e fomos direto à sala de reuniões, sentamos ao lado de dois amigos de uma Comunidade também rural como a nossa. Os amigos eram o Sebastião Guiné e o Toninho do Santuário.

O Padre Ademar, lá na frente, deu início ao encontro. Fizemos as orações iniciais...(na verdade, para mim, o mais importante nessas reuniões são as orações iniciais e finais). Feitas as orações fomos aos assuntos a serem discutidos.

Depois de mais de duas horas, entre acertos e discussões que somente interessavam à matriz, o padre perguntou aos representantes de bairro se havia algum assunto a ser tratado, mas que deveriam ser breves, pois já estava ficando tarde e ele, padre, ainda ia passar a agenda do mês.

Praticamente ninguém se manifestou, muito menos nós que estávamos cansados e precisávamos trabalhar no dia seguinte. Olhei para o relógio e eram quase onze horas da noite.

O que compensava nessas reuniões era o fato de ficar ao lado do Toninho e do Guiné, pelo menos a gente ria um pouco.

Meu pai ao lado, sempre sério, anotando algumas coisas que o padre ia falando.

Quando o padre começou a passar a agenda do mês, meu pai tirou o lápis de cima da orelha (ele é neto de português) e passou a tomar nota dos encontros.

``Segunda-feira haverá círculo bíblico, terça-feira encontro de catequese...``

Anotando tudo, meu pai não perdia nada do que ia sendo passado, até o momento que o padre disse que na quinta-feira haveria Hora Santa. Esse momento foi a glória para mim...

Meu pai escreveu: ``ORA SANTA``.

Deu-me um ataque de risos que se estendeu aos nossos amigos ao lado.

Meu pai perguntou a razão de eu estar rindo tanto. Eu lhe disse:``Olhe como o senhor escreveu hora``.

Ele olhou demoradamente sua anotação e com um gesto rápido, fez a correção e me disse :``Ah é, faltou o acento!``

Seu escrito ficou assim: ÓRA SANTA!

Foi o que bastou para eu chorar de tanto rir, riso mais uma vez estendido aos nossos amigos...

Meu pai ficou sério... Calou-se...

Ah, mas eu bem conhecia aquele silêncio. Era a busca por uma resposta que rebatesse  minha atitude, que refutasse meu riso...

Sei que eu estava errado, mas não pude evitar...

Até que surge o momento da desforra , o auge da batalha final, o gol aos 47 do segundo tempo:

``Pois é filho...está vendo estes calos em minhas mãos? São calos que lhe deram estudo!``

Eu me calei...    

 

vo zé

 

Mistério

 

Minha alma agitada absorve a lembrança

E teme que a esperança resolva se ir

Insistir me é  necessidade que avança

Na bonança, que creio, há de vir

 

Outrora tinha ao meu lado teu conselho

Que velho e surrado, muitas vezes julguei

Errei, agora aceito , pois sou eu no espelho

Luto e destelho para ver como aqui cheguei

 

Tenho tentado andar pelo nosso campo

Com um canto triste, ao por do sol , à tarde

Mas covarde ainda não pude e em pranto

Não levanto meu olhar, tua ausência arde

 

Que mistério nos  envolve meu pai

Não me sai teu sorriso “malvado”

Mesmo na dor encravado, sorria com paz

Esse alento me faz , agora mais conformado!

 

Marco Aurélio Assunção Martins

 

Minha Rosa (dois)

 

Você sempre foi para mim como uma flor rara,

Destas que qualquer transeunte, ao ver, pára.

Não que seja a mais bela de todo mundo, mas

Para mim é o encanto que traz ternura e paz!

 

Nunca disse o que sinto a você, devo-lhe respeito

Sei, porém , que sabe, que sou um poeta meio-mal-feito

E que meus versos são, assim meio pobres

E você, penso, imagino, é flor, além de rara, nobre

 

E que surpresa, admito, ao ouvir um sussurro,

Neste cantinho, meio escondido, meio escuro,

Você, lendo com emoção, versos meus, surrados

Fracos de rimas, mas em você inspirados

 

E como botão de rosa que desabrocha, me fita, me olha

Sua face rubra, embora seja  a mim que a vergonha molha,

Mas não posso esconder-me de mim mesmo, e vejo

Que seu olhar é sim ao meu  desejo

 

Saiba, portanto, flor rara, rosa azul de minha alma

Sua brandura, ternura, luz e essa imensa calma,

Fez-me desembarcar na sua aceitação radiosa

Quero, e sei, serei feliz em você: minha rosa!

 

Marco Aurélio Assunção Martins

Recentemente visitou o site e fez contato o Sr. Waldemar Pelegrino de Carvalho, trazendo uma colaboração à história do Sítio Americana e arredores, sobre a Capelinha de Nossa Senhora das Vitórias. Abaixo a carta na integra e acima, já foi inserido a sua valiosa colaboração, lembrando sempre as palavras de meu bisavô Manoel Costa Rosa: "Vosso passado é a vossa maior riqueza".

Em atenção ao vosso email, informo-lhe que hoje estou com 78 anos e desde 1957 estou residindo em Brasília - DF, O ENDEREÇO DE MEU EMAIL CONTROLSSA É PORQUE SE TRATA DA CONTROLS SOCIEDADE ANONIMA empresa esta da qual sou o sócio majoritário e sem movimentação no momento. e como passa tempo mantenho um portal de classificados www.vetvs.net, pois, sendo programador me distraio programando este site.

E mais. Estou-lhe fazendo uma cortesia, acesse: www.vetvsnet.net/classificados.htm no titulo “Alimento e Bebidas” de um clique em Adegas, E no titulo Lazer e Turismo clique em turismo e no titulo Saúde e Beleza de um clique em outros. Aproveite e entre em contato com quem lhe fez o site www.vinhosbelezacomidacaseira.com.br Diga a ele para verificar que após o www contem uma virgula e o certo é um ponto. Continuando com uma virgula não é acessado este site. Ainda sobre este vosso site é bom você verificar o que esta acontecendo com ele que não se consegue acessá-lo. Ok. Bem ... Agora passemos ao caso do Sitio, sugiro que seja feito a devida correção na pagina em que aborda o caso, então seria assim: sobre esta noticia em maio de 2015 fomos procurados por um cidadão de nome Waldemar Pelegrino de Carvalho filho de Antonio Pelegrino Robles e Ambrozina Baptista de Carvalho Robles, o progenitor de Ambrozina chamava-se João Baptista de Carvalho e foi casado duas vezes, com a primeira esposa teve três filhos e com a segunda, mais ou menos oito filhos entre estes estava a mãe da falecida Branca. Repito, quando estive no sitio Nsa Sra das Vitoria, este era o nome do Sitio, La morava uma prima minha de nome Branca juntamente com sua irmã chamada Valdomira separada do primeiro marido, vivia com o Vitorio, na época tinham um ou dois filhos e a Valdomira morava em uma casa cercada de muros, e próximo a capela existia outra casa onde morava a Branca, esta minha prima vivia ou melhor dizendo tinha uma caso desde sua infância com um senhor que criava cavalos e praticava hipismo, este senhor morava em Tatui, Este fato eu me recordo porque quando a visitava, em uma época estavam construindo a ponte de concreto sobre o rio Sorocaba, e pesquisando parece-me que esta onte foi construída em 1956, depois, em uma das visitas, só estava morando na Casa o Vitorio e a Valdomira e me disseram, “Branca havia ido a cidade de Boituva e lá havia comprado banana e misturou com veneno e havia falecido”, então ela não faleceu no Sitio e sim na cidade, pois pelo que sei, ela faleceu quando caminhava pelas ruas da cidade.

Alem de sua irmã Valdomira, ela também tinha uma irmã que era freira, depois foi promovida a madre superiora de nome Irmã Albertina, e uma vez em que eu a visita esta sua irmã freira estava no sitio e eu limpei a Capela e de la removi um vespeiro e coloquei corda nova no sino e foi rezada uma missa, Nesta época nesse sitio na baixada existia uma lagoa onde se criva peixe para o consumo e no calor eles ficavam com as costa sobre a superficie, um caso que não me esqueço quando me recordo, este fato é marcante, e além dos cavalos que eram criados nesse sitio ainda existia um pequeno pomar de laranjas que eram vendidos ainda no PE quando estavam crescendo, pois, assim me haviam dito, Na terra ao lado era de um pessoal que quando troquei a corda do sino e estava batendo eles vieram para saber o que estava acontecendo, eram os vizinhos desse sitio, não me recordo o nome mas era um vizinho do lado da estrada que vai para Tatuí. Se ainda estiverem por ai eles conheceram o Vitorio a Valdomira e seus filhos. Pela última noticia que obtive é que os filhos de Valdomira estavam trabalhando em Tatuí e La moravam, caso Vc tenha mais noticias a respeito ficaria muito grato se me transmitisse, e importante seria se soubesse o nome do proprietário do sitio quando a branca La morava, isto é fácil pois consta no Registro Imobiliário ou seja na Certidão da Cadeia dominial do imóvel. Caso vc a tenha consta cadeia dominial dos proprietários. Isto é interessante para a historia desse sitio.

FINALMENTE: ASSIM QUE VC CORRIGIR O ENDEREÇO DO LINK PARA O VOSSO SITE ME COMUNIQUE PARA QUE EU FAÇA A CORREÇÃO NOS ANUNCIOS QUE EU ESTOU LHE FAZENDO. OK ABRAÇOS A VC E SUA FAMILIA..NÃO ESQUEÇA DE ME COMUNICAR SOBRE VOSSO SITE. .ATÉ BREVE.